top of page

Lab_Arte partilha arte e educação de sensibilidade na IV Oficina de Internacionalização da FE USP

Mais um encontro intensamente vivido no Lab_Arte.

A convite da Comissão de Cooperação Nacional e Internacional da FEUSP (CCInt-FE), pudemos apresentar o trabalho que realizamos em arte e educação de sensibilidade na formação de educadores desde 2005.

Tivemos a participação de estudantes de graduação e de doutorado do Moçambique, da Costa Rica e da Polônia, além de dois professores do Peru que estavam em visita ao Brasil e à FE USP (que disseram que apenas assistiriam à oficina, mas não resistiram a participar e compartilhar esse momento com a gente.

Começamos apresentando o espaço do Lab_Arte, uma sala sem carteiras, contando a história construída na busca pela partilha de experiências sensíveis e artísticas por educadores, principalmente em formação inicial e estudantes de diversas licenciaturas da USP e de pedagogia. Depois, fizemos um aquecimento para "despertar o corpo" e brincamos de modelar os corpos dos colegas e recriar as esculturas vivas em nossos próprios corpos. Alguns instantes depois, demos vida a essas esculturas e pudemos dançar todos juntos, de modo circular e encontrando formas diversas de ser e estar corpo em experiência.

Foi, então, que seguimos para o exercício "Profundidades da Argila", descrito e conduzido há muitos anos pelo Prof. Marcos Ferreira Santos (professor que inspirou estudantes a construírem o Lab_Arte em 2005, o qual orientou a coordenação do laboratório desde a sua criação até 2016). Neste exercício, cada participante pegou um pedaço de argila, das mais diversas cores (bege, amarelo, ocre, marrom) e texturas (mais macia, mais dura, mais lisa, mais arenosa).

Uma pausa para comentários:

Madalena, do Moçambique, comenta: "Eu nunca havia visto argila de várias cores. Achei que só existisse uma. Por quê varia tanto?" Contamos que a cor varia do minério predominante na terra da região geográfica. Prof. Oscar, então, contou: "No Peru, há de várias cores".

Continuando... Com a argila, a sugestão foi de que deixassem a imaginação fluir na relação com aquela matéria e fossem percebendo tudo o que sentiam e/ou refletiam durante o movimento. Ronnie Almeida, coordenador do Núcleo de Música, começou a tocar sua viola caipira e sua música arrebatou nossos peitos e proporcionou mais uma relação e inspiração. Ao final, partilhamos nossas impressões, sensações, percepções, memórias, reflexões...

Ana Paula, do Moçambique, conta: "Estou muito feliz, muito feliz mesmo! Eu não mexia nisso desde menina. Estou sentindo uma alegria que não sei..."

Alguns relataram que não conseguiram modelar o que queriam, mas que se vem, de algum modo, em suas esculturas. O que mais nos chamou a atenção foi que, somos pessoas de lugares diversos, de terras diversas, distantes, mas irmãs, mas nos reconhecemos em cada peça. Ronnie comentou que foi arrebatado pelo sentimento de que poderia ter esculpido cada peça daquela roda. Todas elas lhe dizia algo de si mesmo. Foi um momento muito importante para nós, educadores do lab_Arte, e para nossos irmãos recém-chegados e que estavam ali recebendo nossas boas vindas.

Nas peças de cada um, no sorriso e no abraço, percebemos que a ancestralidade nos une.

Gratidão à Vanessa, da CCint pelo convite, olhar e apoio generoso. Gratidão às presenças de cada participante. Sejam muito bem vindas e bem vindos à Faculdade de Educação da USP, ao Lab_Arte.

Nossas portas estarão sempre abertas! Abaixo algumas fotos-registros

da nossa experiência:

Barbara Muglia-Rodrigues

Monitora Geral do Lab_Arte - representando todas e todos os coordenadores de núcleos e a coordenação geral do Lab_Arte

destaques
postagens recentes
arquivo
palavras-chave
bottom of page