"Perception of the body" - workshop com a Profa. Necla Köksal (Turquia)
Hoje foi dia de visita internacional no Lab_Arte.
A Profa. Necla Köksal é pesquisadora e responsável pelo curso "Drama class" na formação de educadoras e educadores da Faculdade de Educação da Pamukkale University (Turquia).
Durante sua passagem pelo Brasil, aproveitou para nos presentear com sua presença e o workshop "Perception of the body", quando pode compartilhar conosco diversos jogos teatrais (alguns inclusive inspirados no "teatro do oprimido" do brasileiro Augusto Boal) e práticas com as quais ela trabalha na Turquia.
Necla Köksal pôde também nos contar sobre as diversas relações e percepções de corpo, interpessoalidades e educação, as semelhanças e discrepâncias percebidas por ela entre as mesmas propostas realizadas lá na Turquia e aqui no Brasil, conosco.
Segundo Necla, a cultura turca atual engendra valores de culturas distintas provenientes do islamismo crescente, do cristianismo tradicional, bem como de pessoas que convivem e adotam comportamentos de espaços laicos (como a universidade). Existem uma série de gestos, movimentos e posições corporais, por exemplo, especialmente para as mulheres turcas, que denotam determinados tipos de comportamentos socialmente inaceitáveis, e que portanto não "aparecem" em uma aula de expressão corporal, como o abrir das pernas ou as pernas cruzadas, acompanhadas de peito elevado e risos. Para a professora, vivenciar processos em um país culturalmente distinto, como o Brasil, revela o como cada cultura elabora os seus padrões corporais.
A oficina da Profa. Necla no lab_arte contou com exercícios de imitação física do parceiro (em duplas), movimentos dançados ligado à músicas, musicalização a partir do corpo e movimentos a partir de jogos de imaginação (como "andar como se estivesse sobre uma areia quente"). Segundo ela, o vivenciar de experiências corporais contribui para a formação de futuros professores, independente da disciplina que lecionem.
Houve também um momento em que cada um escreveu, em uma folha de papel, o significado de Corpo para si, que podia ser expresso em uma palavra ou em uma frase curta. As frases iam sendo lidas em voz alta (e traduzidas para o inglês, pelos participantes) e também trocadas entre as pessoas, num exercício de alteridade e empatia.
Abaixo parte do registro pelos olhos da fotógrafa Nádia Tobias:
